segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

UMA ALIANÇA MUITO MELHOR


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“Portanto, por um lado se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade. Pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma, e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus.” (Hebreus 7:18,19)

Alianças são acordos, compromissos que firmamos em nossas vidas em várias fases e momentos. Fazemos alianças com diversas pessoas sobre os mais variados interesses e questões. Deus também faz alianças com o Seu povo, com o objetivo de nos trazer para perto dEle.

Após o pecado de Adão e Eva (pecado original), toda a humanidade ficou sujeita ao pecado (Rm 3:23), e com isso Deus criou a primeira grande aliança com os Seus filhos (antiga aliança). Nessa aliança, temos Moisés como mediador entre Deus e os homens. Ele foi usado por Deus como um importante instrumento, por meio do qual os israelitas puderam receber de Deus a direção a respeito daquilo que deveriam cumprir naquela aliança. Deus prometeu auxílio e proteção aos israelitas se eles se submetessem aos mandamentos que Ele havia entregado a Moisés. Mandamentos esses que foram escritos em pedra, quando Moisés subiu ao monte guiado por Deus, para que o Criador pudesse escrever à própria mão os mandamentos.

No Antigo Testamento, que é baseado na antiga aliança, vemos que o perdão dos pecados vinha com o derramamento de sangue de animais que eram sacrificados em holocaustos. Vemos então que o pecado era perdoado a partir de obras que fazíamos para Deus, como forma de demonstrar arrependimento. Entram então em questão os sacerdotes, que eram responsáveis pela execução desses sacrifícios. Eles entravam no templo e ofereciam sacrifícios pelos seus próprios pecados e depois pelos pecados do povo, para que por meio daqueles sacrifícios o perdão de Deus pudesse ser derramado sobre os Seus filhos. Podemos perceber com isso que esses sacerdotes eram, portanto, indignos de entrarem na presença de Deus, eram “os menos pecadores” da época, e por isso escolhidos por Deus para serem mediadores entre Ele e os homens. A salvação era adquirida pela obediência à Lei, e vinha, assim como o perdão dos pecados, por meio do que fazíamos – das obras que executávamos.

Mesmo com tudo isso, os israelitas continuavam pecando, e afastados de Deus. E aquilo tudo não podia continuar daquela forma. Como o salário do pecado é a morte (Rm 6:23), o destino da humanidade seria a morte eterna, visto que o pecado ainda imperava com facilidade. Foi aí que Jesus despertou um grande amor por nós, capaz de fazê-Lo anunciar ao Pai que queria vir e pagar toda a nossa dívida, morrendo por nós. Deus começa então a arquitetar uma nova estratégia para nos trazer de volta a Ele, uma aliança infalível. Os profetas então, inspirados por Deus, começam a anunciar a vinda de Jesus à Terra. Deus revela o local onde Jesus iria nascer (Mq 5:2), que Ele seria nascido de uma virgem (Is 7:14), que Ele seria crucificado e levaria as nossas culpas (Isaías 53). Além disso, vários outros detalhes da vida que Jesus iria viver aqui na Terra foram contados aos profetas por Deus, com o propósito de preparar o povo para o início de um novo tempo.

“Eis ai vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante Eu os ter desposado, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias diz o Senhor: na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; Eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.” (Jeremias 31:31-33)

Deus, a partir de Jeremias, começa a anunciar de forma clara ao Seu povo que uma nova aliança já havia sido preparada e que os tempos da antiga aliança estavam chegando ao fim. Uma nova perspectiva Deus esperava com essa segunda aliança, a começar que ela seria escrita não em pedra, mas nos corações dos seus filhos (Jr 31:33). Com a nova aliança anunciada, Deus envia o Seu filho Jesus para dar início à execução do Seu novo plano para o Seu povo. Jesus cumpre cada profecia revelada pelos profetas e aos 33 anos é crucificado e morto. Com sua morte, Jesus passa três dias no mundo dos mortos, e nesse tempo Ele vai ao mais profundo do abismo e acaba com a festa daquele que achava O ter vencido, tomando de suas mãos a chave da morte que aprisionava os Seus filhos.

Com a chave nas mãos, Jesus nos liberta do cativeiro do pecado e nos põe em liberdade absoluta, comprando-nos para sermos apenas dEle. O sacerdote da vez, que iria lavar os nossos pecados, não é mais uma pessoa impura e limitada que precisava oferecer sacrifícios pelos pecados do povo e pelos seus próprios pecados. Temos agora um Sumo Sacerdote, que ofereceu a Si mesmo, e não sangue de animais, mas Seu próprio sangue (Hebreus 7:27). Se antes o sangue de animais tinha o poder de purificar as pessoas externamente, o sangue de Jesus que foi derramado na Cruz nos garante a purificação interna e nos leva a estar mais próximos de Deus (Hebreus 9:13,14). A Palavra diz que antes apenas os sacerdotes escolhidos por Deus podiam entrar no Santo dos Santos e adorar o Senhor na beleza da Sua santidade, mas quando Jesus entregou o Seu Espírito a Deus, a cortina do Templo se rasgou e hoje nós podemos entrar no Santo dos Santos (Lucas 23:45,46), pois já não mais precisamos de mediadores humanos, visto que Jesus é a ponte que nos liga a Deus (João 14:6).

Se a antiga aliança foi passageira, a nova aliança que Deus firma com os Seus filhos é eterna, nunca passará. Por isso, nós, que estamos debaixo da nova aliança, somos portadores de uma aliança muito melhor, que foi selada pelo sangue de Jesus e que nos dá como recompensa a vida eterna nEle, que é o Alfa e o Ômega (Apocalipse 1:8).

NEle,
Que derramou o Seu precioso sangue para o firmamento desta superior aliança,

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